Pouco antes das 13h desta quarta-feira (3), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou o 2º dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. A sessão desta quarta-feira foi marcada pelas sustentações orais das defesas dos réus militares, inclusive a do ex-chefe do Executivo. O julgamento será retomado em sessão no dia 9 de setembro, na terça-feira, a partir das 9h.
Na próxima sessão, o ministro Alexandre de Moraes, que é relator do caso, deve abrir com o seu voto.
Como se manifestou a defesa de Bolsonaro no 2º dia de julgamento
Logo após o término da sessão, o advogado Paulo Cunha Bueno, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que “se o julgamento for estritamente jurídico, não há porque condenar” o ex-presidente.
“A acusação é narrativa fantasiosa. Esperamos que o pavimento político tenha se limitado à acusação, mas nunca ao julgamento”, disse Cunha Bueno.
O advogado disse que o ex-presidente “jamais teve qualquer intuito golpista”, contrariando o que a defesa do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, alegou em sua sustentação oral, de que coube ao general demover o ex-presidente de ideias golpistas.
“O ex-presidente jamais teve qualquer intuito golpista, fatos colocados são fora dos tipos penais imputados, não praticou qualquer ato de violência ou grave ameaça ou ameaça do Estado democrático de direito”, disse Cunha Bueno.
Mais cedo, o advogado Andrew Farias, que representa Paulo Sérgio Nogueira, disse que o ex-ministro “atuou ativamente para demover o presidente da República de qualquer medida nesse sentido (de rompimento do Estado democrático de direito)”.
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